Dívida de Portugal ao lado da Áustria e Finlândia. Periferia já não faz sentido, diz Commerzbank
22/05/2025 18:59
Longe vão os tempos em que se podia aplicar uma classificação tradicional da dívida dos países europeus. É o que argumentam os analistas do Commerzbank numa nota a que o Negócios teve acesso, em que defendem que os parâmetros de dívida "core", "semi-core" e periférica estão a tornar-se menos apropriados na paisagem das obrigações soberanas.
"França está logo atrás de Itália, enquanto o perfil macroeconómico de Portugal está muito perto de países 'core' como a Áustria e a Finlândia, e a Grécia, enquanto antigo membro dos programas de ajuda financeira, está a convergir com Espanha e a Bélgica, escrevem.
A análise é feita com base num modelo de classificação da dívida soberana, que junta métricas orçamentais, macroeconómicas e de competitividade com pesos distintos confirme a importância e a perceção pelo mercado.
Em grande parte, pode ler-se, o cenário macroeconómico explica o atual ambiente de "spreads" - a diferença entre a "yield" das obrigações soberanas de diferentes países. "Face a novembro, os países do sul da Europa têm melhorado, enquanto os antigos países 'core' têm piorado", onde se inclui a Alemanha, a Finlândia, a Bélgica e, em particular, a Áustria, "maioritariamente devido a baixas perspetivas orçamentais e de crescimento".
É também entre os países do sul da Europa que reside o maior número de oportunidades "de valor relativo": "Embora os países de maior dimensão estejam globalmente alinhados com as suas perspetivas fundamentais, os países mais pequenos continuam a oferecer vantagens", começam por explicar os analistas do banco alemão.
E se antes o Commerzbank havia argumentado "que o desempenho económico de Portugal deveria levar o país a uma convergência com os países 'core', e por isso, a expectativa é que as obrigações soberanas portuguesas se alinhem com a dívida soberana austríaca e finlandesa também em maturidades mais longas", nem a fragmentação política nacional poderá impedir essa descida.
"Apesar de as últimas eleições não terem conseguido produzir uma maioria estável, não vemos novos riscos políticos, uma vez que consideramos que Portugal conseguiu atingir a sua trajetória de consolidação orçamental independentemente das circunstâncias legislativas", destacam. Portugal é, aliás, um dos três destaques na estratégia do banco alemão, que tem uma posição "estruturalmente de longo prazo" na dívida nacional, "com base na trajetória fundamental" do país.
Outra oportunidade entre os países de menor dimensão é a Grécia. "Embora o 'stock' de dívida existente continue a pesar no perfil macroeconómico, a considerável consolidação orçamental no rescaldo da pandemia é notável e parece destinada a continuar, sobretudo porque a Grécia é um dos poucos membros da NATO que já ultrapassou o objetivo de 3% de despesas militares", justificam.
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