ÚLTIMAS NO NEGÓCIOS.PT

Preço da pasta e tarifas levam lucro da Altri a recuar 65% até março
22/05/2025 18:33

A Altri registou um resultado líquido de 7,6 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, o que reflete um recuo de 64,7% face ao mesmo período de 2024, quando apurou um lucro de 21,6 milhões.

Em comunicado, a produtora de pasta de papel explica que o resultado foi "afetado pelas variações cambiais e pelas tarifas, bem como pelo incidente da turbina da Celbi e pelo ramp-up da pasta solúvel na Biotek".

Na mensagem que acompanha a divulgação dos resultados, José Soares de Pina, CEO da Altri, realça que "o ano de 2025 arrancou sob o signo da incerteza, motivado pela política de tarifas imposto pela administração norte-americana, com sucessivos avanços e recuos", o que "afeta toda a cadeia de valor nos diversos mercados, com especial ênfase para o mercado chinês, um mercado relevante para a indústria de fibras celulósicas".

Por outro lado, frisa que, "apesar dos anúncios de aumentos nos mercados internacionais, a média de preços no primeiro trimestre do ano ainda está 5% inferior à registada no primeiro trimestre de 2024", sendo que "este fator, conjugado com um nível de produção e volumes vendidos ligeiramente inferior, resultou numa redução de receitas totais do grupo de 8,6% face aos primeiros três meses do ano passado".

O responsável salienta ainda que a evolução da margem "verificou uma redução 8 pontos percentuais sobretudo devido à instabilidade energética decorrente do incidente da turbina na Celbi, cujo arranque apenas aconteceu em março de 2025 e ao ramp-up da produção de fibras solúveis na Biotek".

Apesar da redução de margem, o CEO assegura que a Altri "tem vindo a implementar um conjunto de projetos que, ao mesmo tempo que permitem ganhos de eficiência e ambientais, preparam o grupo para explorar novas opções de crescimento".

Na apresentação das contas do trimestre, a Altri adianta que as receitas totais atingiram 203,6 milhões de euros, uma redução de 8,6% face ao período homólogo do ano passado, mas mais 9,7% face ao trimestre anterior.

A produção de fibras celulósicas foi de 267,4 mil toneladas, uma redução de 2,9% face aos primeiros três meses de 2024, enquanto as vendas situaram-se em 284,8 mil toneladas, menos 4,6% do que um ano antes, das quais 90% destinadas aos mercados externos.

Já o EBITDA somou 29,4 milhões de euros, recuando 41,2% face a março do ano passado. "A evolução menos positiva ao nível do EBITDA deve-se, além do menor preço - também impactado pela desvalorização do dólar -, à incerteza introduzida pela guerra comercial e tarifas e ainda a alguma instabilidade decorrente do incidente da turbina da Celbi, assim como o ramp-up da pasta solúvel na Biotek", explica.

 

No comunicado, o grupo diz que "continua a desenvolver vários projetos de diversificação e crescimento alinhados com o seu plano estratégico, onde se insere a recuperação e valorização do ácido acético e furfural de base renovável na Caima, a migração da produção da Biotek para pasta solúvel e o projeto Gama, na Galiza, que acaba de receber o parecer favorável da Declaração de Impacto Ambiental".

José Soares de Pina afirma, na mesma mensagem, que no início de 2026 a Altri concluirá o projeto de recuperação e valorização de ácido acético e furfural de base renovável na Caima, "permitindo a introdução no mercado de um novo produto de alto valor acrescentado", sendo que também a migração da produção de fibras papeleiras para fibras solúveis na Biotek deverá estar concluída no final de 2026, "aumentando a produção de fibras fundamentalmente direcionadas para a indústria têxtil".

Os resultados financeiros do grupo atingiram 7,9 milhões negativos em março, o que compara com os 4,7 milhões também negativos no mesmo mês do ano passado, deterioração que "decorre essencialmente da evolução menos favorável das diferenças de câmbio no trimestre".

O investimento líquido total até março foi de 9,9 milhões, o que compara com 11,8 milhões no período homólogo.

A Altri adianta ainda que reduziu ligeiramente a dívida líquida face a dezembro para 211 milhões de euros. O rácio dívida líquida/EBITDA fixou-se em 1,1 vezes.

Em termos de perspetivas para 2025, o grupo refere que o início deste ano "confirmou uma reativação dos níveis de procura no mercado global da pasta", mas "o anúncio em abril por parte dos EUA de aplicar tarifas a grande parte das importações, com um impacto relevante na China, levou a uma forte incerteza económica na região, no curto prazo". "Perante esta incerteza e potenciais efeitos negativos na economia chinesa, temos assistido a um abrandamento da procura por pasta na China durante o segundo trimestre de 2025", afirma, acrescentando acreditar que o nível de preços da pasta "estará sob pressão no curto prazo". "Uma clarificação da situação final das tarifas a aplicar pelos EUA deverá contribuir para retomar um contexto que continuamos a acreditar que seja positivo para o setor nos próximos três anos", conclui.

Riqueza da casa cresce ao ritmo mais baixo desde 2016
23/06/2025 07:00

Novas medidas do Governo pressionam contas em 0,6% do PIB
22/06/2025 23:30

Guy Villax: "Se o hospital do Algarve for PPP estará a funcionar em menos tempo"
22/06/2025 22:30

Governo garante que não passam meios de combate dos EUA pela Base das Lajes há um mês
22/06/2025 22:07

O que significaria o bloqueio do Estreito de Ormuz?
22/06/2025 22:00

Tarifas de Trump pouco impulsionam exportações da UE para Mercosul
22/06/2025 20:30

"Portugal é muito pouco competitivo" para atrair gigantes farmacêuticas
22/06/2025 19:30

Espanha alcança acordo que isenta país de gastar 5% do PIB em defesa
22/06/2025 18:53

Petróleo sob pressão após ataque dos EUA ao Irão
22/06/2025 18:38

Guy Villax: "Baixo preço dos genéricos explica muitas vezes a escassez nas farmácias"
22/06/2025 18:09

Warren Buffett errou ao não investir no ouro? Só o tempo o dirá
22/06/2025 17:10

Gestora de hotel de Louboutin vai abrir Palácio de Tavira este verão
22/06/2025 15:00

Paraísos lá fora aquecem a carteira nestas férias de verão
22/06/2025 14:00

Países do Médio Oriente apelam à contenção após ataque ao Irão
22/06/2025 12:28

Guy Villax: Tarifas de Trump serão um tiro "pela culatra"
22/06/2025 11:00

Ouvi anjos em Mértola
22/06/2025 10:00

Guy Villax culpa baixo preço dos genéricos por ruturas de "stock" nas farmácias
21/06/2025 21:00

De rede social a finanças? X quer ser uma "super app"
21/06/2025 19:30

Forthing S7. Berlina de luxo elétrica chinesa
21/06/2025 18:00

Agências de viagens acusam Bruxelas de ceder a lobby das companhias aéreas
21/06/2025 18:00

Ajuda

Pesquisa de títulos

Fale Connosco

VerSign Secure

Por favor leia o Acordo de Utilização e política de cookies :: Copyright © BiG :: Versão 3.0 :: Todos os direitos reservados :: bigonline é uma marca registada do BiG.
O Banco de Investimento Global S.A. é uma instituição registada no Banco de Portugal sob o nº61, e na CMVM autorizada a prestar serviços de investimento constantes
do nº 1 do Artigo 290 do CVM.
Para qualquer informação adicional, contacte-nos via internet ou pelos telefones 21 330 53 72/9 (Chamada para a rede fixa nacional.
O custo das comunicações depende do tarifário que tiver acordado com o seu operador de telecomunicações).