"Impacto do apagão não andará longe de mil milhões de euros", diz presidente da BRP
04/05/2025 18:00
As consequências do apagão foram piores do que se poderia imaginar, alerta o presidente da Associação Business Roundtable Portugal (BRP). Em entrevista ao Negócios e Antena 1, Carlos Moreira da Silva calcula que o produto interno bruto possa ter perdido mil milhões de euros.
Qual terá sido o impacto do apagão?
O impacto é seguramente muito alto porque o país parou e, portanto, a riqueza que se cria num dia deixou de se criar. Se dividir o PIB nacional por 365 dias ou por 260 dias úteis, vê que não andará muito longe de mil milhões. É evidente que há serviços que se mantiveram, os hospitais funcionaram, o transporte também, parte funcionou, portanto, não é exatamente mil milhões, mas é uma quantia significativa de riqueza que não foi criada.
Há setores que evidenciaram fragilidades?
Foi um fenómeno inédito, e até hoje é difícil de perceber o que o originou. Uma coisa é certa, as consequências foram piores do que se poderia imaginar. E isso teve implicações não só no fornecimento de energia elétrica, mas num conjunto de outros serviços que, mesmo dotados de alguma capacidade de resistência, ao fim de algum tempo perderam essa capacidade. Nos casos do abastecimento de águas, das telecomunicações. Julgo que um dos aspetos mais importantes no pós-apagão, é entender como podemos melhorar a nossa resiliência a situações deste tipo. Sendo certo que hoje em dia, quanto mais automatizada e quanto mais utilização de eletrónica de potência existir, mais difícil vai ser o arranque, porque vai ter problemas de diagnóstico e de reinício.
É também uma circunstância para as grandes empresas refletirem e prepararem-se para situações semelhantes?
Naturalmente, sim. As grandes empresas têm planos de risco detalhados que funcionaram. Não houve situações, que eu conheça, em que se tenha perdido o controlo.
Houve muitas vezes incapacidade para manter a laboração das empresas?
Por isso digo que se perdeu o PIB de um dia. É impossível ter um “backup” de uma rede elétrica.
E a nível das comunicações? Aí também houve uma falha que agravou a situação.
Exatamente. O abastecimento de água, o abastecimento de gás e as telecomunicações sofreram muito e esse é um aspeto que na minha opinião – e sou um leigo nisto – deveria ser revisto qual é o tempo durante o qual as telecomunicações, ou pelo menos algumas telecomunicações, podem ser garantidas para além do normal.
Sentiu que o país estava demasiado vulnerável?
Apercebi-me de situações diferentes. Por exemplo, fiz uma viagem de avião entre dois aeroportos portugueses, sem problema nenhum, e a horas. E os aeroportos não estavam em caos. Eu não estive em Lisboa, mas os aeroportos não estavam em caos. Parece-me que houve capacidade para adaptação e os únicos casos que vi, não diretamente, foi no aeroporto de Lisboa.
Pode ter havido consequências além daquele dia? Há empresas cujo rearranque não é como o frigorífico lá de casa que começa logo a trabalhar. Há casos desses?
Há muitos casos desses. Com o nível da automação e digitalização que existe nas empresas, especialmente industriais, mas não só, o rearranque normalmente tem problemas porque a eletrónica de potência é mais vulnerável e é muito difícil diagnosticar onde está o problema. É natural que as empresas demorem 6 a 12 horas para voltarem ao seu estado normal.
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