A cervejaria onde se come Sem Vergonha
25/04/2025 13:00
Não é muito fácil dar com a cervejaria Sem Vergonha no início de uma pequena rua junto à Avenida Álvares Cabral, que liga a Estrela ao Rato, em Lisboa. Uma rampa, ou escadas, levam a uma grande esplanada em pleno centro da cidade, sossegada, como se fosse um segredo bem guardado nas redondezas. Depois, percebe-se que o mistério já não existe para os lisboetas, como confirma o proprietário Francisco Nobre, que diz que os turistas também por lá passam, mas "a realidade é que 90% dos clientes são portugueses ou estrangeiros residentes".
Francisco viveu sempre em Lisboa e, apesar da formação em gestão o ter levado a trabalhar em grandes multinacionais, foi durante o Erasmus em Salamanca que nasceu a sua paixão pela gastronomia. Em 2007, um amigo convidou-o para sócio do projeto de restauração "Chicos" em Palmela e na Caparica e ainda abriu o Duk na zona do Marquês de Pombal, em Lisboa. Mais tarde, em 2017, já com o atual sócio Diogo Amaral, dedicou-se ao Sem Vergonha e, atualmente, detêm os restaurantes Duro em Santos, a Malandra no Centro Comercial Vasco da Gama e o Vivant em Almancil, que abre apenas no verão.
Francisco Nobre já era cliente do Sem Vergonha quando se chamava Spianata e funcionava como restaurante italiano. O terraço e o convite do antigo dono convenceram-no a ficar com o espaço que abriu em 2018, não sem antes fazer uma remodelação no interior e na esplanada. O empresário explica que os clientes se dividem entre os executivos ao almoço, "que trabalham perto ou que vêm de longe e usam o parque de estacionamento por baixo", e os que jantam em "ambiente informal e de amigos". Aos fins de semana, as famílias ao almoço são a maioria e, como a cozinha funciona todo o dia e todos os dias, "há muitas pessoas para uma refeição mais tardia ou um lanche". O chef responsável, João Silva, com experiência na restauração em Portugal e Angola, propõe alguns clássicos da casa como o croquete e os peixinhos da horta, o bife à Sem Vergonha, que Francisco refere "eleito por algumas publicações como o melhor de Lisboa", ou o polvo. Nas sobremesas, o pudim abade de priscos, o "petit gâteau" com gelado são os mais icónicos.
O empresário está satisfeito com o sucesso dos seus restaurantes, mas adianta que a restauração em Lisboa "vive um momento de sensações antagónicas", uma vez que os estrangeiros continuam a aumentar e "os clientes portugueses têm perdido algum poder de compra". Para Francisco Nobre, o ritmo de abertura de restaurantes "aumenta a competitividade e a necessidade dos espaços em proporcionar uma oferta de excelência", mas continua a existir "uma enorme dificuldade em recrutar". Se pudesse, o empresário alterava a cultura das pessoas no que toca a sair de casa e a tomar refeições fora para que a diferença entre os fins de semana e os outros dias não fosse tão grande.
Foi num desses dias que, apesar da cervejaria Sem Vergonha acolher mais portugueses, os protagonistas foram estrangeiros. Francisco Nobre recorda que houve um grupo de inglesas que, a meio do almoço, em biquíni, foram molhar os pés na fonte que se assemelha a uma piscina pelo comprimento, mas não pela profundidade. Entre homens e mulheres, destacaram-se os mais jovens que aplaudiam enquanto as britânicas terminavam o seu "banho".
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