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Apoio dos EUA à Ucrânia trava a fundo e é ultrapassado pela Europa
15/04/2025 18:32

Com a chegada de Donald Trump à Casa Branca, a ajuda norte-americana à Ucrânia parou, enquanto a Europa continuou a apoiar Kiev, alargando a diferença entre os dois blocos. A Europa já disponibilizou à Ucrânia mais 23 mil milhões de euros do que os Estados Unidos (EUA).

A conclusão decorre da atualização mais recente do ‘tracker’ de apoio à Ucrânia feito pelo instituto alemão Kiel, publicada esta terça-feira, 15 de abril, e que considera os apoios fornecidos até ao final de fevereiro. E vem pôr já pressão sobre os países europeus, numa altura em que a Administração Trump admite cortar em quase metade o orçamento do Departamento de Estado norte-americano, acabando com o financiamento à NATO e à ONU, segundo um documento interno publicado pelo Washington Post.

Os apoios dos EUA à Ucrânia estão parados desde 20 de janeiro, quando Trump voltou a assumir os comandos da Casa Branca. "Não foram observados novos apoios militares, financeiros ou humanitários desde que os EUA anunciaram o seu último pacote, ainda na Administração Biden, a 9 de janeiro", sublinha o Kiel. Na altura, foram concedidos 480 milhões de euros em apoios militares, incluindo mísseis de defesa aérea e superfície-ar, bem como para equipamento para jatos F-16. 

"A pausa nos apoios dos EUA aumenta a pressão sobre os governos europeus para fazerem mais, tanto com meios financeiros, como em assistência militar", afirma Taro Nishikawa, que lidera o projeto do ‘tracker’ no instituto Kiel.

Apesar da pausa dos EUA, a Europa continuou a anunciar novos apoios: em janeiro e fevereiro o Reino Unido alocou 360 milhões de euros, a Alemanha 450 milhões, a Noruega 610 milhões, a Dinamarca 690 milhões e a Suécia 1.100 milhões de euros. "Em cima disso, a Comissão Europeia desembolsou o primeiro empréstimo de três mil milhões de euros", lembra o Kiel. "Em resultado, a Europa já disponibilizou um total de 138 mil milhões de euros em ajuda desde o início da guerra da Rússia contra a Ucrânia", conclui.

Ainda assim, na área do apoio militar, a liderança ainda é dos EUA, mas por pouco. Desde fevereiro de 2022, mês da invasão russa à Ucrânia, os EUA destinaram cerca de 65 mil milhões de euros em apoios militares, mais cerca de mil milhões do que a Europa.

Portugal no fundo da tabela

Os novos dados também confirmam a grande heterogeneidade entre os apoios dados na Europa: muitos países da Europa ocidental apoiaram pouco a Ucrânia, nomeadamente quando comparados com os países nórdicos e bálticos. Os países como a Estónia ou a Dinamarca alocaram mais de 2% do seu PIB pré-guerra à Ucrânia, o que compara com cerca de 0,4-0,5% na Alemanha e no Reino Unido, e apenas 0,1-0,2% da França, Itália ou Espanha.

Portugal fica também no fundo da tabela. Pelas contas do Kiel, os apoios representam cerca de 0,1% do PIB português (cerca de 0,4% do total da União Europeia), ou 230 milhões de euros. Portugal forneceu também três tanques, no valor de 30 milhões de euros.

A equipa do Kiel considera que devem ser as cinco maiores economias europeias - Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Espanha - a aumentar os seus apoios à Ucrânia para compensar a ausência dos Estados Unidos. "Se os cinco maiores países europeus fizessem tanto quanto os países nórdicos ou bálticos, a Europa poderia compensar largamente qualquer falha dos Estados Unidos, sobretudo no que diz respeito aos apoios financeiros", sublinha Christoph Trebesch, investigador do Kiel.

0,1%PIB
Os apoios concedidos por Portugal à Ucrânia rondam 0,1% do PIB português. 
138mil milhões
A Europa já disponibilizou 138 mil milhões de euros em ajuda à Ucrânia, mais 23 mil milhões do que os EUA. 

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