Portugueses querem foco da UE na competitividade e defesa em segundo lugar
25/03/2025 06:00
A defesa é a grande prioridade em que os cidadãos europeus consideram que a União Europeia (UE) deve investir para reforçar a sua posição no mundo, revelam os resultados do mais recente Eurobarómetro divulgado esta terça-feira. Porém, em Portugal, a competitividade tem primazia. Quatro em cada dez portugueses querem que, em vez da defesa, o foco da UE esteja em reforçar o seu potencial económico.
O Eurobarómetro, realizado entre os dias 9 de janeiro e 4 de fevereiro, revela que, dos mais de 26 mil europeus inquiridos, 39% entendem que a defesa é o aspeto no qual a UE deve "focar-se para reforçar a sua posição no mundo". A ideia surge numa altura em que se discute, a nível europeu, um plano para rearmar o continente, perante "a grave natureza das ameaças" que a Europa enfrenta, segundo a Comissão Europeia, e a retirada de ajuda militar norte-americana à Ucrânia, que foi invadida pela Rússia há mais de três anos.
A defesa e segurança é uma prioridade sobretudo para os Estados-membros que fazem fronteira com a Ucrânia ou a Rússia, com destaque para a Lituânia (56%), Finlândia (49%), Letónia e Polónia (43% cada). É também a questão mais mencionada em grandes economias como a Alemanha (43%) e França (39%). Por cá, a defesa é mencionada como prioridade por 36% dos inquiridos, um valor abaixo da média europeia.
Em segundo lugar no plano europeu, surge a aposta na competitividade, economia e indústria. Esta é uma prioridade para 32% dos inquiridos nos 27 Estados-membros, sendo a mais referida na Grécia (42%), Portugal (41%) e Itália (34%). Em comparação com o Eurobarómetro realizado há um ano, a competitividade ganhou peso (passou de 27% para 32%), o que podem ser explicado pelo relatório Draghi, que veio reavivar a discussão sobre esse tema.
A terceira questão mais referida é a independência energética (27%), seguida pela segurança alimentar (25%) e educação e investigação (23%).
A esmagadora maioria dos europeus (89%) considera que os Estados-membros devem estar mais unidos para enfrentar os atuais desafios mundiais e três quartos dos inquiridos (76%) acreditam que a UE precisa de mais meios para enfrentar esses desafios. Os resultados variam entre países, com a Finlândia (92%) a liderar entre os que pedem mais meios para a UE, sendo essa uma opinião partilhada sobretudo pelos cidadãos europeus mais jovens. Em Portugal, 85% concordam com um reforço de meios da UE.
Portugal continua a ser um dos países mais euro-otimistas sobre o papel da UE no mundo. Cerca de dois terços dos inquiridos (65%) antecipam que o papel da UE se torne mais importante nos próximos anos e apenas 4% dizem que a UE deverá perder importância. A nível comunitário, esse otimismo é menor: 18% antecipam uma perda de importância da UE no mundo e 44% anteveem um reforço desse papel.
Entre os 27 Estados-membros, a maioria (66%) concorda que o papel da UE na proteção dos cidadãos contra crises mundiais e riscos de segurança deve aumentar. Em Portugal, a taxa de concordância é ainda mais elevada (76%). Ainda assim, é na Suécia (87%) que se registou a taxa mais elevada. Já a Roménia (47%) e a Polónia (44%) são os dois únicos Estados-membros onde a taxa de concordância ficou abaixo do limiar dos 50%.
Em relação ao impacto da UE no dia a dia dos cidadãos, mais de sete em cada dez europeus consideram que as ações da UE têm um impacto na sua vida diária e, dessas, 74% veem esse impacto como positivo. Esse é o valor mais elevado de sempre registado num Eurobarómetro, desde que essa pergunta foi feita pela primeira vez em 1983. É entre os jovens que essa perceção é mais elevada (82%).
Em Portugal, essa boa perceção é ainda maior: 82% dos inquiridos concordam que a UE tem um impacto na sua vida diária e, desses, 91% defendem que esse é positivo. Mas, a nível europeu, os benefícios mais mencionados da adesão à UE são a manutenção da paz, reforço de segurança e a melhoria da cooperação com outros países. Já os portugueses destacam a contribuição da UE para o crescimento económico nacional e o facto de dar aos Estados-membros uma voz mais forte no mundo.
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