Resultados "mistos" da Jerónimo Martins levam AlphaValue a cortar no preço-alvo
20/03/2025 14:00
Nem bons, nem maus. Foram "mistos". É assim que a AlphaValue descreve os resultados anuais da Jerónimo Martins, que viu os seus lucros diminuírem mais de 20% para 599 milhões de euros. Apesar de o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ter ficado ligeiramente acima do consenso do mercado, a casa de investimento descreve a queda nos fluxos de caixa relativos a 2024 como um "desmancha-prazeres", de acordo com uma nota de "research" a que o Negócios teve acesso.
Em reação aos resultados, o analista Nishant Choudhary decidiu rever em baixa as perspetivas de crescimento da dona do Pingo Doce, prevendo agora que a Jerónimo Martins chegue aos 22,10 euros por ação nos próximos doze meses – um valor inferior aos 22,40 euros anteriormente estipulados. O novo preço-alvo confere à retalhista portuguesa um potencial de valorização de 12,41%, face à cotação de fecho da sessão anterior (19,66 euros).
Apesar da revisão em baixa, a AlphaValue continua a ver a Jerónimo Martins como uma "empresa saudável" – daí ter mantido a recomendação de "compra" das suas ações. Para o futuro a curto prazo, a casa de investimento vê a dona do Pingo Doce a registar "um desempenho superior [aos seus pares europeus] e sustentado no mercado (especialmente na Polónia)", prevendo que a "pressão sobre as margens diminua já a partir do segundo semestre de 2025".
A AlphaValue vê com bons olhos a vontade da Jerónimo Martins querer continuar a expandir-se e a entrar em novas geografias – "um caso raro para as retalhistas europeias". Na Colômbia, a casa de investimento prevê que a Ara (insígnia sob a qual a retalhista opera no país) continue a registar uma melhoria nas margens nos próximos anos.
Apesar de não mexer na recomendação ou no preço-alvo da Jerónimo Martins, o Jefferies entende que a "call" com analistas, realizada após a apresentação de resultados, serviu para "moderar o entusiasmo dos investidores". O banco norte-americano antecipa agora uma recuperação mais lenta no primeiro trimestre do ano do que anteriormente antecipado, de acordo com uma nota de "research" a que o Negócios teve acesso.
Num contexto de deflação em desaceleração, mas de elevados níveis de competição e de poupança por parte dos consumidores na Polónia (onde a retalhista atua sob a insígnia da Biedronka), o Jefferies antecipa que as contas do "primeiro trimestre vão ser mais pressionadas do que o consenso [de mercado] espera".
"Continuamos a esperar melhorias modestas nas despesas de consumo/inflação do cabaz em 2025, levando as nossas estimativas a situarem-se 3% acima do consenso, embora essas tendências positivas pareçam agora menos enraizadas do que os dados do setor tinham sugerido", explicam os analistas do banco norte-americano.
A Jerónimo Martins até arrancou a sessão desta quinta-feira no verde, chegando a valorizar mais de 2%, mas, após a "call" com analistas, acabou por inverter a tendência de negociação e encontra-se agora a recuar 2,34% para 19,20 euros. A dona do Pingo Doce quer distribuir mais de metade dos seus lucros do ano passado: 370 milhões de euros vão para dividendos (0,59 euros por ação), 40 milhões para a Fundação Jerónimo Martins.
Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.
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