Em situações idênticas, mulheres ganham menos 11% do que os homens
18/03/2025 17:01
Depois de um ligeiro aumento, as diferenças remuneratórias entre homens e mulheres voltaram a descer, quando observadas em média, de acordo com o barómetro das diferenças remuneratórias de 2025. As mulheres em iguais circunstâncias que os homens – a nível de setor, profissão, qualificação, habilitação ou antiguidade – têm um salário base 8,4% inferior e uma remuneração total (o ganho) 11,1% inferior.
O barómetro elaborado pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento do Ministério do Trabalho (MTSSS) baseia-se na informação entregue pelas empresas no ano passado, relativa à situação de 2,6 milhões de trabalhadores em 2023, sobretudo do setor privado.
Os dados representam, no caso do ganho, uma diminuição de 0,4 pontos percentuais face ao ano anterior. Além da remuneração base, o ganho inclui prémios, subsídios regulares e remuneração por trabalho suplementar.
Medido de uma forma simples, o "gender pay gap" que era em 2010 de 17,9% no caso da remuneração base, tem vindo a descer de ano para ano, com exceção do ano passado, quando subiu uma décima (para 13,2%). Retoma agora a trajetória de descida para 12,5% no caso da remuneração base e para 15,4% no caso do ganho (que além da remuneração base inclui as outras componentes pagas ao trabalhador).
Isto porque a remuneração base das mulheres foi de 1.124,9 euros em 2023 (menos 12,5% do que no caso dos homens) e o ganho foi em média de 1.327,3 euros (menos 15,4% do que no caso dos homens).
Contudo, este barómetro faz uma análise mais elaborada para expurgar fatores que possam explicar a diferença, como o setor, a profissão, o nível de qualificação a habilitação literária ou a antiguidade no emprego. É desta forma que os indicadores de diferenças salariais ajustados baixam para 8,4% no caso da remuneração base e 11,1% no caso do ganho.
É a diferença entre os dois conceitos que explica porque é que algumas empresas premiadas com o selo da igualdade salarial foram depois alvo de notificações da ACT, tal como aqui explicámos. Enquanto no primeiro caso se usou o indicador ajustado (que, sendo considerado mais adequado, resulta em diferenças menores) no segundo caso ter-se-á utilizado o não ajustado.
Olhando para o "gender pay gap" ajustado, que é considerado mais adequado para retratar as efetivas diferenças, constata-se que é no setor das atividades artísticas, espetáculos e desportivas que se verifica a maior diferença: as mulheres têm um ganho 15,9% inferior.
O segundo setor com maiores diferenças é a indústria, com as mulheres a receberem um salário total 17,5% inferior ao dos homens, em valores ajustados.
Em valores não ajustados de fatores como o setor, a profissão ou a antiguidade, a diferença é superior, 49% no primeiro caso e 20% no segundo.
Diferença chega aos 26,5% nos quadros superiores
Por qualificações, só há dados não ajustados. Sem correção de fatores como o setor, a antiguidade ou a profissão constata-se que é nos quadros superiores que se registam as maiores diferenças: as mulheres ganham menos 26,5% do que os homens.
Os dados relativos a 2023 mostram que no caso dos quadros superiores as mulheres ganhavam em média 2.318 euros, enquanto os homens ganhavam em média 3.154 euros.
Os dados publicados mostram que as diferenças são tendencialmente mais altas para maiores qualificações, embora isto não se observe de forma linear.
No ano analisado a que os dados dizem respeito (2023) a menor diferença observou-se entre os estagiários, praticantes e aprendizes, com as mulheres a ganharem em média 949.3 euros, menos 4,6% do que os homens.
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