Passos: ?A nacionalização do pequenino BPN ainda custa biliões. Imagine do BES?
11/02/2025 13:21
"A nacionalização do BPN, que era uma ‘banqueta’, um banco pequenino, ainda hoje custa biliões. Agora imagine uma com a dimensão do BES".
As palavras de Pedro Passos Coelho à saída do julgamento da derrocada do BES – e registadas pelas televisões - entroncam na argumentação que transmitiu aos juízes: em maio de 2014, numa reunião entre o antigo primeiro-ministro e o "Dono Disto Tudo", o banqueiro solicitou apoio do Estado ao Grupo, que o ex-chefe do Governo recusou, sugerindo-lhe, em vez disso, uma negociação com credores que permitisse uma "falência ordenada".
"Essa reunião traduzia o pedido do Dr. Ricardo Salgado de ver o Governo, não direi impor, mas dar orientações à Caixa Geral de Depósitos e, eventualmente se isso fosse necessário, dar algum aporte positivo sobre um plano de reestruturação junto de outros bancos [...] para um programa de apoio financeiro ao Grupo Espírito Santo", afirmou Pedro Passos Coelho, que prestou depoimento enquanto testemunha no julgamento do processo principal do colapso do BES/GES, em Lisboa.
O ex-primeiro-ministro acrescentou que além de apoio financeiro, a administração do banco pretenderia que fosse possível fazer "uma troca de ativos", de modo a gerir aqueles que poderiam "estar a pressionar a saúde financeira do grupo".
Plano ao qual Passos reagiu de forma perentória: "Não tinha qualquer viabilidade". Em vez disso, o então chefe do Governo propôs a Ricardo Salgado que reunisse com os "credores mais relevantes" para negociar " uma falência ordenada".
Esta foi a segunda reunião entre ambos depois de em abril de 2014, cerca de um mês antes, Salgado ter mostrado "desconforto com a forma como o governador do Banco de Portugal lidava com o BES". O supervisor estava então empenhado em substituir a administração do banco.
Dada a situação clínica de Salgado, que sofre da doença de Alzheimer, a defesa do ex-banqueiro lamentou não poder conferenciar com o cliente para exercer o contraditório sobre as reuniões descritas por Passos Coelho.
"Agi de acordo com a interpretação que fiz do que era o interesse nacional", disse depois aos jornalistas à saída do Campus da Justiça, em declarações registadas pelas televisões, manifestando que essa foi a melhor opção. "Julgo que isso defendeu a posição do país e do Estado", atirou, partilhando o mérito da atuação com o supervisor financeiro, que nesse período estava empenhado na saída da administração do banco: "Quer o Banco de Portugal quer o Governo procederam de forma a defender o interesse público", garantiu, acrescentando que "não iria responsabilizar dinheiros públicos e cuja fatura seria pesadíssima para os contribuintes".
Afastado o apoio público direto, restaria um financiamento da Caixa Geral de Depósitos que permitisse ao GES "respirar" durante algum tempo mais. Uma hipótese também recusada. "Estava fora de questão. Era impensável que a Caixa pudesse atuar no sentido de prestar financiamento ao Grupo Espírito Santo para atenuar uma possibilidade que na prática era inevitável de um grupo sem sustentabilidade financeira", afirmou.
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