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Zelensky quer acordo com EUA: segurança em troca de minerais raros
07/02/2025 23:04

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse esta sexta-feira em entrevista à Reuters que quer chegar a acordo com os EUA, propondo a negociação dos vastos recursos de minerais raros do país em troca de apoio militar norte-americano.

"Se estamos falar de um acordo, vamos chegar a acordo", disse Zelensky, salientando que qualquer entendimento passa pela obtenção de garantias de segurança por parte dos aliados da Ucrânia.

Zelensky ressalva que o país não está a propor a cedência gratuita dos seus recursos, mas uma parceria conjunta que beneficie ambas as partes.

"Os americanos foram os que mais ajudaram e assim os americanos devem ser os que ganham mais. E devem ter esta prioridade e terão. Também gostaria de falar deste assunto com o Presidente Trump", referiu.

O Presidente dos EUA, que tem insistido na necessidade de um acordo entre ucranianos e russos para terminar o conflito, mostrou interesse no início da semana nos minerais raros da Ucrânia em troca do apoio financeiro ao esforço de guerra.

Os minerais raros são importantes para vários setores industriais, como na produção de motores elétricos e dispositivos eletrónicos. Zelensky salienta que menos de 20% dos recursos minerais, incluindo cerca de metade dos depósitos de minerais raros, estão sob ocupação russa.

"Temos de parar Putin e proteger o que temos – uma região muito rica de Dnipro, na Ucrânia central", disse Zelensky.

A entrevista foi concedida dias antes da Conferência de Segurança de Munique, onde se espera que os EUA apresentem o seu plano de paz para a Ucrânia, que poderá passar pelo congelamento do conflito e

a permanência da Rússia nos territórios ocupados.       

Zelensky planeia comparecer no encontro, onde Keith Kellogg, o enviado especial de Trump para a Ucrânia, também estará presente. Contudo, o presidente ucraniano insiste em reunir com o seu homólogo norte-americano antes que este se encontre com o presidente russo, Vladimir Putin, "caso contrário pareceria um diálogo sobre a Ucrânia sem a Ucrânia".