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Atração qatari, IHRU à terceira e os 25 anos do referendo em Timor-Leste
30/08/2024 07:30

Bom dia

Fundos soberanos, empresas e investidores do Qatar estão interessados em avaliar projetos de investimento em Portugal, em regime de parceria público-privada (PPP) em áreas como a habitação a custos acessíveis, imobiliário ou infraestruturas essenciais, como é o caso de projetos de desenvolvimento ligados ao novo aeroporto de Lisboa. O interesse qatari em Portugal é avançado ao Negócios pelo ministro da Economia, Pedro Reis, que encerra esta sexta-feira uma visita de três dias ao emirado.

O atual presidente da Câmara de Esposende, Benjamim Pereira, foi o nome escolhido pelo Governo para liderar o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, sendo já a terceira opção, tendo em conta que nas duas anteriores, uma foi chumbada pela CReSAP e outra, mesmo com parecer positivo, acabou por desistir. O atual presidente, António Leitão, tinha sido nomeado há pouco mais de um ano pelo anterior Executivo.

Há mais vida além do Orçamento do Estado (OE)? Para as agências de rating, dificilmente. Nos últimos tempos, estas entidades têm vindo a reforçar o seu otimismo sobre a dívida portuguesa, que colocam atualmente no prestigiado clube do A. Entretanto, várias agências voltam a avaliar a República nos próximos meses, a começar pela Standard and Poor’s (S&P) esta sexta-feira. No entanto, agora é tempo de fazer um compasso de espera, pelo menos até depois do Orçamento, se não mesmo até ao final do ano, de acordo com os especialistas ouvidos pelo Negócios.

Depois de dois trimestres consecutivos no vermelho, a TAP voltou à trajetória dos lucros. A melhoria registada no segundo trimestre deste ano foi conseguida mesmo com o aumento em 28,5% dos custos com pessoal, para 186 milhões de euros, devido à contração de 173 pessoas e à reversão dos cortes salariais. E as perspectivas para o resto do ano são positivas, encaminhado a empresa liderada por Luís Rodrigues para voltar a fechar o exercício de 2024 no verde.

Fique ainda a saber que a Mota-Engil está a criar uma nova unidade de negócio para concentrar atividades e gerir oportunidades na área da energia, que terá como âncora a aposta no "waste-to-energy", o tratamento dos resíduos sólidos urbanos e a sua conversão em fonte energética.

Na lista dos Mais Poderosos, aproximamo-nos do topo. Na sexta Paulo Macedo, o CEO da GGD. O gestor tem levado o banco a lucros históricos e já disse que está disponível para continar a liderar a instituição. Para acompanhar aqui, ao longo do dia.

E agora o seu Weekend

A 30 de agosto de 1999, há exatamente 25 anos, os timorenses votaram o seu destino. 78,5% da população escolheu a independência em relação à Indonésia, que tinha anexado o território em 1975. Timor/Leste é uma das mais fantásticas histórias da política global pós-1945. José Vegar foi um dos quatro jornalistas portugueses que permaneceu no território após o referendo e é dele esta discrição que pode ler no Weekend.

"Ficámos quatro jornalistas portugueses, eu, o Luciano Alvarez, o Hernâni Carvalho e o Jorge Araújo, uma dezena mais de jornalistas, um grupo da missão portuguesa, e o núcleo fundamental da UNAMET. No que se passou no território, os relatórios credíveis apontam para a destruição de 60% da infraestrutura pública e privada do território, essencialmente por fogo posto, e agressão sistemática e disseminada dos timorenses. Mas a verdade é que os relatórios são omissos no número de mortos e feridos graves e, especialmente, nas causas da violência organizada. Ainda hoje pouco sabemos se as milícias e as forças militares indonésias atacaram por pura vingança, ou se tentavam o golpe derradeiro de intimidação dos timorenses e da comunidade internacional".

O testemunho de José Vegar é ilustrado com fotografias de Inácio Ludgero, o repórter da Lusa que acompanhou o evoluir da situação em Timor-Leste.

Nesta edição pode ainda ler uma entrevista a Victor Vidal. O escritor brasileiro visitou a casa onde Anne Frank se escondeu durante a Segunda Guerra Mundial e esse foi o clique para escrever "Não Há Pássaros Aqui", vencedor do Prémio Leya 2023. O livro reflete sobre o modo como aquilo que vivemos na infância marca a vida adulta e como tendemos a reproduzir comportamentos, mesmo quando os condenamos. Fala sobre relações entre pais e filhos, sobre traumas e esconderijos. Victor mora no Rio de Janeiro. Diz que se habituou à insegurança da cidade. "Sei que é horrível dizer isto, mas acho que normalizei o medo". Apesar de tudo, vive-se no Brasil um clima político mais respirável, garante. A polarização da sociedade continua a existir, "mas agora as nossas conversas estão sempre cheias de esperança".

Boas leituras (em papel, no site ou no Whatsapp do Negócios). E lembre-se que de segunda a sexta-feira pode acompanhar o programa televisivo do Negócios no Now, disponível na posição 9 da sua box.

Tenha um ótimo fim de semana