Apresentado o livro "Os Mais Poderosos de Portugal", um "exercício de serviço público"
22/09/2023 22:14
O livro "Os Mais Poderosos de Portugal 2010-2022" foi apresentado esta sexta-feira em Lisboa. A obra, da autoria de José Vegar, analisa o ranking dos "Mais Poderosos" que o Negócios publica desde 2010 e identifica os protagonistas que influenciaram o país no plano económico, social e político.
Na apresentação, o advogado e comentador político Luís Marques Mendes considerou que o livro é "um exercício de coragem e de escrutínio sério e responsável", mas também "um exercício de serviço público".
O antigo presidente do PSD elogiou o livro, considerando que "é particularmente atrativo e sedutor: tem informação útil, tem investigação pertinente e tem análise fina".
O livro faz parte de um conjunto de iniciativas que estão a ser realizadas no âmbito do projeto "O Poder de Fazer Acontecer", que marca os 20 anos da edição impressa diária e que podem ser lidas no nosso site.
A análise de José Vegar é sistematizada em vários tipos de poder - político, económico, de equilíbrio e global -, permitindo traçar padrões dominantes nesta matéria. Além disso, aborda igualmente o poder feminino e a ausência, nestes rankings, de representantes de dimensões-chave da vida da sociedade portuguesa.
Leia a intervenção de Luís Marques Mendes na íntegra:
"Caros Amigos,
Ex.mos Senhoras e Senhores,
Alguns olham para esta iniciativa "Os Mais Poderosos" com uma perspetiva desvalorizadora. Consideram amiúde que é uma iniciativa ligeira, superficial, frívola, voyeurista, alimentadora de egos, fomentadora de intrigas ou incentivadora de vaidades pessoais ou políticas. Este é um olhar que se respeita, naturalmente. Vivemos em democracia e o direito à diferença é essencial. Mas, se houver um pouco de cuidado na análise, facilmente se constatará que esta iniciativa é bem mais útil, mais séria e mais profunda do que à primeira vista pode parecer. E não é apenas porque, sendo original em Portugal, esta iniciativa busca inspiração em exemplos bem credíveis que temos lá fora, da Forbes à Time, da Bloomberg ao Político. Já isso era importante. Mas há várias outras razões que legitimam a relevância e credibilidade desta histórica iniciativa do Negócios.
Que bom teria sido para a nossa sociedade atual que no tempo da Restauração ou do Marquês de Pombal tivesse havido um Negócios e uma iniciativa tipo "Os Mais Poderosos". O país teria ganho mais informação e conhecimento. A história teria ficado mais rica. A sociedade ainda mais desperta e esclarecida. A democracia ainda mais prevenida. Ganhávamos todos em informação, capacidade de previsão e sentido de responsabilidade.
Mas talvez seja bom acrescentar para prevenir: cada vez o poder vai ser mais efémero. Cada vez os ciclos de poder vão ser mais curtos. Seja na política, seja na economia. No que isso tem de bom e de mau. De positivo, regista-se o ideal da renovação e da abertura. De negativo, o risco da instabilidade e da incerteza. Uma coisa é certa: não vale a pena um qualquer decisor, na política ou na economia, deixar-se levar muito a sério; deixar-se deslumbrar pelo poder; agarrar-se excessivamente aos ligares; deixar-se apaixonar pelas mordomias do poder; deixar-se descolar da realidade. Isso só contribuirá para que o poder seja ainda mais efémero e o tombo ainda mais acentuado! Humildade e desprendimento do poder são seguramente as atitudes mais ajustadas e recomendáveis.
Caros amigos,
Ex.mos Senhoras e Senhores,
Neste livro muito interessante e oportuno, há um capítulo de que gostei especialmente e pelo qual o autor merece ser redobradamente felicitado: o capítulo dos Sem Poder. O capítulo alusivo aos menos representados nestas rubricas anuais, designadamente autarcas, deputados, magistrados ou representantes da Igreja Católica. Gostava de aqui deixar brevitatis causa a minha opinião: há poderes que verdadeiramente nunca o foram; mudanças nas estruturas de poder que estão a acontecer a ritmo vertiginoso; há lacunas inquietantes; e há novos poderes que emergem a velocidade supersónica.
Cinco breves apontamentos:
Caros amigos,
Termino como comecei.
Parabéns ao Negócios. Pela iniciativa dos "Mais Poderosos" e pela ideia do livro.
Parabéns ao autor por este belo trabalho de análise e investigação.
Bem hajam pelo trabalho e pelo exemplo.
Boa sorte para o futuro."
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