ÚLTIMAS NO NEGÓCIOS.PT

Bruxelas admite preço máximo do gás ao nível da UE em caso de rutura total
18/05/2022 13:53



"Em caso de rutura total do fornecimento de gás russo, poderão ser necessárias medidas excecionais para gerir a situação", entre as quais a introdução de um "preço máximo administrativo do gás a nível da UE", admite o executivo comunitário, numa informação hoje divulgada.

No dia em que publica recomendações sobre medidas de emergência a curto prazo e opções para melhorias a longo prazo, Bruxelas aponta que, "se for introduzido, este limite [ao preço do gás] deverá ser limitado à duração da emergência da UE e não deverá comprometer a capacidade da UE para atrair fontes alternativas de abastecimento de gás por gasoduto e GNL e para reduzir a procura".

Em causa está REPowerEU, o plano para aumentar a resiliência do sistema energético europeu e tornar a Europa independente dos combustíveis fósseis russos antes de 2030, no seguimento da guerra da Ucrânia e dos problemas no abastecimento.

Na comunicação relativa ao REPowerEU, a Comissão Europeia alerta para o risco de uma "grave rutura de abastecimento" de gás no próximo inverno na UE, devido aos problemas no fornecimento russo, propondo mais armazenamento e admitindo o recurso ao mecanismo de compras conjuntas, como já tinha sido noticiado pela Lusa.

No documento, a instituição exorta a uma rápida adoção do regulamento sobre armazenamento, numa alusão à proposta que fez aos Estados-membros para assegurarem pelo menos 80% de armazenagem subterrânea até novembro próximo e 90% nos próximos anos.

Ao mesmo tempo, a instituição pede aos países da UE que atualizem os seus planos de contingência e realizem acordos de solidariedade bilateral entre países vizinhos, já que só 18 dos 27 países têm este tipo de infraestruturas para armazenar gás natural.

O quadro jurídico da UE prevê que, em caso de escassez de gás, os Estados-membros possam solicitar aos países vizinhos medidas de solidariedade para assegurar o abastecimento.

Na informação hoje divulgada à imprensa, a Comissão Europeia vinca que "facilitará a criação de um plano coordenado de redução da procura da UE com medidas preventivas de redução voluntária a fim de estar pronta em caso de emergência".

Além disso, Bruxelas vinca que, "como passo seguinte", será considerado o desenvolvimento de um mecanismo de compras conjuntas voluntário, responsável pela negociação e contratação em nome dos Estados-membros participantes para aquisição conjunta de gás.

"Tal mecanismo poderia assumir a forma de uma empresa comum ou de uma entidade empresarial, alavancando o poder do mercado europeu", adianta.

Outra recomendação do executivo comunitário é que os países da UE utilizem "a Plataforma Energética da UE para agregar a procura de gás, assegurar preços de gás competitivos através de aquisições conjuntas voluntárias e reduzir a dependência da UE dos combustíveis fósseis russos", optando antes por alternativas como o GNL.

O aviso surge depois de, no final de abril, o grupo russo Gazprom ter anunciado que iria suspender todas as suas entregas de gás à Bulgária e à Polónia, dois países da UE, por não terem feito o pagamento em rublos, dado isso subverter as sanções europeias à Rússia devido à guerra da Ucrânia.

A Comissão Europeia já veio admitir que qualquer outro país poderá seguir-se, mas garantiu que a UE está preparada para um corte total do gás russo.

As tensões geopolíticas devido à guerra da Ucrânia têm afetado o mercado energético europeu, já que a UE importa 90% do gás que consome, sendo a Rússia responsável por cerca de 45% dessas importações, em níveis variáveis entre os Estados-membros.

Em Portugal, o gás russo representou, em 2021, menos de 10% do total importado.

5 coisas que precisa de saber para começar o dia
24/04/2024 07:30

A economia pós-25 de Abril, o preço a travar o IPO da Luz Saúde e os salários no PSI
24/04/2024 07:01

PS quer audições urgentes da ministra da Saúde e do diretor-executivo do SNS
23/04/2024 23:51

Brasil prepara lei para permitir operação de companhias aéreas estrangeiras na Amazónia
23/04/2024 23:06

De Sebastião Bugalho a Marta Temido: quem são os candidatos às europeias?
23/04/2024 22:51

Centeno: Habitação precisa de mais construção mas sem oferta excessiva
23/04/2024 22:44

Trabalhadores das grandes superfícies em greve a 1 de maio
23/04/2024 21:36

Ganhos em Wall Street com "earnings season" a centrar atenções
23/04/2024 21:20

Portugal gastou quase 4 mil milhões de euros em proteção do ambiente em 2021, mais 18% do que 2020
23/04/2024 21:15

Lucro trimestral da Tesla afunda 55% para 1.129 milhões de dólares
23/04/2024 21:11

CTSU integra Deloitte e muda de nome
23/04/2024 20:50

Acionistas dos CTT aprovam dividendo de 0,17 euros e redução de capital até 3,8 milhões
23/04/2024 20:11

Fernando Araújo demite-se da direção-executiva do SNS
23/04/2024 19:23

Villas-Boas diz que há três gigantes da banca americana interessados em renegociar dívida dos "dragõ
23/04/2024 19:10

Tesla despede mais 2.600 trabalhadores no Texas
23/04/2024 18:05

Finerge notifica Concorrência de compra de quatro eólicas
23/04/2024 17:53

Gigante alemã fica com 45% de empresa de Arouca controlada por Tavares
23/04/2024 16:47

Barómetro CIP/ISEG estima crescimento de 1,7% a 2,1% do PIB no 1.º trimestre
23/04/2024 15:39

Shell, Total e Chevron interessadas em comprar poços de petróleo da Galp na Namíbia
23/04/2024 15:30

Fosun suspende IPO da Luz Saúde
23/04/2024 14:57

Ajuda

Pesquisa de títulos

Fale Connosco