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O universo de Casimiro, a guerra de patentes, o "milagre" do desconfinanento e o seu W
07/05/2021 07:00

Bom dia,

Alfredo Casimiro ganhou notoriedade graças ao braço de ferro com o Governo à custa da situação aflitiva da Groundforce. O empresário ficou, em 2012, 50,1% da empresa de ‘handling’, uma participação que só pagou em 2018, e nos últimos meses entrou em rota de colisão com o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, e a TAP.

 

Mas, afinal, qual é o universo empresarial de Alfredo Casimiro. A resposta é dada na edição desta sexta-feira do Negócios. Seja como gerente, administrador único ou presidente do conselho de administração, segundo revelam os registos comerciais dessas sociedades, o empresário está ligado a duas dezenas de negócios nos setores da logística e do imobiliário, assim como a gestoras de participações sociais.

 

Nos últimos anos algumas das suas empresas não escaparam à insolvência, outras avançaram para processos especiais de revitalização, numa teia de participações cruzadas, que as levou igualmente a serem credoras umas das outras.

 

A capitalização de mercado das empresas envolvidas na produção de vacinas aprovadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – que estão cotadas em bolsa – desvalorizou, no conjunto, mais de 27 mil milhões de dólares, o equivalente a 3%, entre quarta e quinta-feira. Um rombo provocado pelo facto dos Estados Unidos e da União Europeia  terem aberto a porta ao fim das patentes.

 

O Dolce Vita Miraflores, o primeiro da falida marca de "shoppings" a abrir em Portugal, foi colocado novamente à venda, depois de duas tentativas falhadas, uma por falta de comparência de angolanos e outra porque o credor hipotecário Abanca rejeitou a oferta de 2,5 milhões de euros do fundo Atena.

 

Portugal tem vindo a desconfinar e os números de novos contágios são baixos por comparação com outros países que estão a fazer um percurso semelhante. O que explica este "milagre"? O aumento da testagem, a eficiência no rastreio dos contactos, o início da vacinação e a ação política "clara e consequente" são as justificações dos especialistas para a menor incidência da covid-19 no país.

 

O apoio que o Governo já aprovou em Conselho de Ministros e que espera pagar "nas próximas semanas", será mais alto para empresas que em 2020 pagavam o salário mínimo (635 euros) do que para empresas que nessa altura pagavam um pouco acima (640, 650 euros…), por decisão própria ou porque estavam a cumprir as convenções coletivas.

 

Fique ainda a saber que o Vítor Bento vai sair no final do mês da SIBS para se tornar presidente da Associação Portuguesa de Bancos e que existem cinco candidatos à compra da Efacec, cuja identidade foi ontem revelada pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira.

 

Agora o seu Weekend.

 

A linguística forense ainda esbarra em preconceitos, mas Rui Sousa-Silva está a puxar pela notoriedade da área. Poderá ser apontado como uma espécie de "agente CSI" para texto. É investigador do Centro de Linguística (CLUP) da Universidade do Porto e tem desenvolvido a sua investigação nas áreas de análise de autoria, deteção de plágio e cibercrime. Doutorou-se em Linguística Aplicada pela Aston University, em Birmingham, onde conheceu Malcolm Coulthard, um dos grandes nomes desta disciplina, com quem coedita a revista "Language and Law", da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Em entrevista ao Negócios sustenta que "somos identificáveis pela forma como usamos a nossa linguagem" e desvaloriza as denominadas notícias falsas. "As ‘fake news’ assustam-me pouco, a desinformação é que me assusta bastante".

 

Apostar na Índia para tirar poder à China. Este é o mote do encontro que decorre este sábado no Porto entre os líderes da União Europeia e da Índia, o qual servirá para relançar as negociações económicas, que estavam suspensas desde 2013. Ambas as partes estão a apostar numa diversificação dos parceiros comerciais e empenhadas em travar a ascensão da China. A covid-19 contribuiu para acelerar este processo mas também para esvaziar as expectativas que existiam em relação a este encontro. Tudo porque a pandemia está descontrolada na Índia, uma situação que impossibilitou o primeiro-ministro, Narendra Modi, de viajar para Portugal.

 

Como o confinamento mudou o nosso corpo. Após um ano de pandemia, dormimos mal, vemos pior e, no caso de algumas mulheres, os ciclos menstruais desregularam-se. Entre os mais velhos, a mobilidade degradou-se e as doenças crónicas como a diabetes e a hipertensão tornaram-se difíceis de controlar. Tudo por causa do stress provocado pelo confinamento.

Cuide de si e dos seus.

Boas leituras e um ótimo fim de semana