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Situação atual arrefeceu o mercado imobiliário
26/01/2021 09:48

O mercado imobiliário em Portugal está a sentir os efeitos da pandemia de covid-19. Se os últimos meses não foram fáceis para o setor, a segunda vaga e, ato contínuo, o confinamento deverão dificultar ainda mais os negócios desta atividade.

 

Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), afirma que o mercado imobiliário nacional sofre as consequências da pandemia e tenta minimizar o seu impacto. "Desde setembro que o mercado tem vindo a sentir algum arrefecimento, que adveio sobretudo da insegurança e incerteza que a segunda vaga trouxe, e que teve reflexos bastante concretos na estabilidade económica e laboral das pessoas e famílias, o que, inevitavelmente, faz com que haja tendência de adiamento da decisão da compra de casa". Por outro lado, acrescenta, a procura estrangeira ainda não retomou e esta só deverá acontecer "quando a situação sanitária estabilizar".

 

Apesar de o último ano ter sido catastrófico para a economia nacional, o preço das casas não baixou por causa da pandemia. Em 2020, o imobiliário continuou a registar "um ciclo de valorização, ao contrário do que seria expectável num cenário de pandemia, o que foi revelador da resiliência do mercado". Todavia, esclarece, este cenário prendeu-se essencialmente com "a falta de oferta no mercado", que continua a não dar resposta à procura, sobretudo no segmento médio e médio-baixo.

 

Questionado sobre em que zonas do país se estão a vender mais casas para habitação, o responsável da APEMIP responde que é na Área Metropolitana de Lisboa e na região Norte. A capital e o Norte continuam a ter "um maior número de transações efetuadas, no entanto, começa a verificar-se um aumento de vendas fora das principais cidades, havendo uma maior procura junto das zonas periféricas que apresentam preços mais acessíveis para a generalidade dos portugueses".

 

No que toca ao mercado imobiliário para este ano, o presidente da APEMIP – Associação cujo principal missão é representar os legítimos interesses das empresas de mediação imobiliária junto dos órgãos de soberania e credibilizar os mediadores imobiliários junto da sociedade civil – confessa ser difícil antecipar cenários. "Diria que teremos pela frente um ano de desafios, que começa com este novo confinamento, que terá efeitos na procura e no número de transações realizadas. O comportamento do mercado irá depender da evolução da situação pandémica e do sucesso da vacinação, bem como do impacto que o fim das moratórias de crédito, previsto para setembro, terá no imobiliário", explica.

 

A importância das moratórias

 

Precisamente no que diz respeito às moratórias, Luís Lima é da opinião que se deve avaliar a necessidade de avançar com o seu prolongamento por "pelo menos mais um ano". Durante esse período deve encontrar-se "um meio-termo em que as pessoas e as empresas assumam pelo menos o valor dos juros". Na pior das hipóteses, prossegue, o fim das moratórias poderá resultar num cenário de "incumprimento no pagamento das prestações de crédito, podendo dar-se o caso de haver um aumento da oferta imobiliária, motivada por pessoas que têm urgência em realizar liquidez". Neste caso, essas pessoas poderão ver-se tentadas a "desvalorizar o seu património" para acelerar a venda do ativo.

 

Quanto aos desafios para o futuro do mercado imobiliário português, é recordado um problema sistémico que afeta muitos e muitos portugueses: é preciso aumentar a oferta habitacional para dar resposta às classes média e média-baixa e dinamizar o mercado de arrendamento urbano que continua a não ser uma alternativa habitacional eficaz. É que, regra geral, "o valor das rendas propostas é consideravelmente superior à prestação que o interessado pagaria ao banco, caso optasse pela compra de casa".

 

Para Luís Lima haverá ainda uma necessária "adequação dos segmentos comercial e de escritório a uma nova realidade decorrente da pandemia e de novos hábitos ora adquiridos, como a democratização do e-commerce e o trabalho remoto".

 

Ser sócio da APEMIP engloba diversas vantagens

 

Indagado sobre como prevê que vá ser o ano de 2021 para a APEMIP, Luís Lima responde que "sendo um ano de desafios para as empresas, sê-lo-á decerto também para a APEMIP". "Manter-nos-emos atentos à evolução do mercado e do setor, e continuaremos a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para salvaguardar os interesses da nossa classe e do nosso sector!"

Sobre as vantagens em ser sócio da APEMIP, são várias, como explica Luís Lima.

A sua principal missão é representar os legítimos interesses das empresas de mediação imobiliária junto dos órgãos de soberania e credibilizar continuamente a classe dos mediadores imobiliários junto da sociedade civil. Neste sentido, APEMIP luta e trabalha para elevar a classe que representa e para tornar o seu papel indispensável nos processos de transação imobiliária, e esforçando-se para defender padrões de ética, qualidade e transparência nos negócios realizados pelas empresas suas associadas.

Atualmente, a APEMIP é um interlocutor reconhecido e respeitado junto dos órgãos de poder e da administração pública, devido ao empenho e contributo que tem dado no encontro das melhores soluções para os problemas que afetam o setor imobiliário, a montante e a jusante do ato da transação imobiliária.

A ação da APEMIP estende-se a todo o território nacional, disponibilizando às empresas suas associadas serviços e vantagens, entre os quais se destacam os seguintes:

. Apoio à instrução dos processos de licenciamento junto do órgão regulador (IMPIC I.P.);

. Disponibilização de Seguros de Grupo com condições vantajosas - adesão gratuita ao Plano Base do Seguro de Saúde APEMIP; condições vantajosas no Seguro de Responsabilidade Civil e no Seguro de Intermediário de Crédito;

. Apoio jurídico;

. Garantia do cumprimento, pelas suas associadas, de todos os requisitos legais para o exercício da atividade;

. Apoio à internacionalização;

. Promoção de networking.

Construção terminou 2020 a crescer

O setor da construção terminou 2020 com um crescimento de 2,5%, suportado principalmente pela produção do segmento dos edifícios residenciais, que aumentou 4,5%.

Em comunicado, AICCOPN e AECOPS, associações do setor, salientam que esta atividade que nunca parou apesar da pandemia "tem vindo a demonstrar uma elevada resiliência aos constrangimentos", com os principais indicadores, ao longo dos últimos meses, "a revelarem reiteradamente evoluções favoráveis tendo em consideração a quebra de cerca de 9,3% prevista para o PIB este ano em Portugal".

Ao comentar estes números, Luís Lima, presidente da APEMIP, corrobora as afirmações presentes no supracitado comunicado da AICCOPN e AECOPS, recordando igualmente que "ao contrário do setor imobiliário, o setor da construção não sentiu os efeitos do confinamento, uma vez que continuou a laborar podendo dar seguimento aos projetos em curso".

Luís Lima acrescenta ser fundamental que "continue a apostar-se no aumento da oferta habitacional. "No entanto, há que ter em conta que esta oferta deve ser adequada aquele que é o grosso da procura, que são os segmentos médio e médio baixo, o que nem sempre acontece, pois tem sido frequente vermos ativos a entrar no mercado com preços acima daqueles que seriam suportáveis por estes jovens e famílias", alerta.

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