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A cor do dinheiro será cada vez mais verde
24/09/2020 16:14

O "business as usual" começa a ser questionado e, manter a mesma lógica de negócio do século XX, é economicamente arriscado, afirma João Wengorovius Meneses, secretário-geral da BCSD (Business Council for Sustainable Development) Portugal. Nos últimos dez anos houve duas grandes crises, "por isso é muito arriscado manter negócios tal como se faziam e também é ambientalmente estúpido, socialmente inaceitável e legalmente perigoso". Acrescenta João Wengorovius Meneses, que há "quem defenda uma revolução, mas no BCSD Portugal pensamos que podemos tirar partidos dos benefícios e das virtudes do capitalismo e das sociedades liberais assim sejamos capazes e coragem de reformar o capitalismo".

No último barómetro da Edelman Trust diz-se que o "capitalismo está debaixo de fogo" e as pessoas sentem uma grande injustiça no sistema capitalista, com 56% dos entrevistados (34 mil pessoas do universo empresarial) a dizerem que o capitalismo é nocivo ao planeta.

João Wengorovius Meneses defende que "a boa notícia é que não estamos num labirinto, sabemos o que fazer". Refere o Acordo de Paris para cumprir e os objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 20/30 das Nações Unidas. "Temos uma década derradeira (2020-2030) para rever os nossos modelos de desenvolvimento e de negócio das empresas e os nossos estilos de vida".

Isto implica que as empresas apliquem os critérios ESG (Environmental, Social and Governance) na afetação do capital e nas suas decisões quotidianas. São estes critérios que, com as dimensões económicas, guiam as empresas, as suas cadeias de valor e as suas estratégias ao longo desta década. "É uma exigência crescente por parte dos reguladores, é uma exigência por parte de investidores e dos colaboradores, que querem trabalhar em ambientes com um propósito, e dos clientes que querem fazer do consumo um ato de cidadania".

Propósito e lucro

Durante esta pandemia os cabazes de ações de empresas na Europa e nos Estados Unidos que desvalorizaram menos foram aquelas em que os fatores ESG, aspetos relacionados com a sustentabilidade, estão mais incorporados. Para os investidores estas empresas têm menos riscos e estão mais preparadas para lidar com o risco, de lidar com o futuro, são mais resilientes. A combinação entre propósito e lucro (purpose & profit) é uma combinação vencedora e vai ser assim ao longo da década para não dizer do século XXI, salienta João Wengorovius Meneses.

"As finanças são um lubrificante da economia e por isso um aspeto chave na economia e é na economia que se decide a sociedade que temos", diz João Wengorovius Meneses, para quem há quatro tipos de financiamento sensíveis aos aspetos ESG e à sustentabilidade. O capital próprio, em há cada vez mais fundos de investimentos a querer investir em empresas, startups, que tenham propósito e sejam sustentáveis.

A dívida pública e privada também quer ser sustentável e surgiram, por exemplo, as green bonds. A Alemanha vai levantar em 2020 11 mil milhões de euros em green bonds para financiar projetos de combate às alterações climáticas. Em termos globais espera-se que se emitam 200 a 250 mil milhões de euros de green bonds. Depois existe a blended finance e os subsídios como os europeus, em que a União Europeia lançou um Pacto Ecológico Europeu que vai ter associado mil milhões de euros associados a investimentos até 2030 em forma de subsídios.

Para Miguel Maya, "falamos muito nos meios e em milhões mas o mais importante é a vontade das pessoas e a mobilização da sociedade. Acredito que quando as pessoas se mobilizam e querem chegar a um determinado objetivo os meios aparecem. O maior problema neste momento é muito mais a visão política e a subscrição por parte dos atores, pessoas, sobre a importância do tema do que propriamente os meios. Podemos falhar por falta de vontade mas por falta de meios".

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