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Petróleo pode disparar mais de 5 dólares após ataque na Arábia Saudita
15/09/2019 22:49

A cotação do petróleo deverá disparar esta segunda-feira, refletindo os efeitos do ataque às instalações da Saudi Aramco, que afetaram cerca de metade da produção da companhia da petrolífera da Arábia Saudita.
 
Analistas contactados pela Bloomberg estão a apontar para uma valorização de pelo menos 5 dólares por barril, ou seja, perto de 10%.
 
A Arábia Saudita está a tentar restaurar a produção de petróleo depois do ataque com dez drones a instalações da Saudi Aramco no sábado ter provocado uma quebra de 5,7 milhões de barris diários, o equivalente a 5% da produção mundial.
 
A quebra na oferta, que representa perto de metade da produção diária do país, deverá ter impacto no mercado petrolífero. A perturbação é "bastante significativa", disse Mele Kyari, CEO da Nigerian National Petroleum Corp em declarações à Bloomberg. "Se ela prolongar, pode ser um grande desafio para os mercados petrolíferos".
 
A Arábia Saudita, que é a maior produtora do mundo, deverá conseguir recuperar metade da produção perdida no curto prazo, mas o regresso à normalidade deverá demorar várias semanas.
 
Na semana passada o WTI, negociado em Nova Iorque, recuou 3% para 54,85 dólares, sendo que em Londres o Brent desvalorizou mais de 2% para 60,22 dólares.
 
Se é quase certo que os preços vão disparar esta segunda-feira, a chave passa por saber a duração deste impacto, sendo que a chave estará no tempo em que a Arábia Saudita demorará a resolver a limitação na produção.
 
A tendência de alta poderá ser limitada pela ação de outros países produtores, sendo que os Estados Unidos já se mostraram disponíveis para libertar reservas estratégicas para compensar a descida da produção na Arábia Saudita.
 Cotação pode disparar 10 dólaresPhil Flynn, analista da Price Futures Group, acredita que logo no início da sessão o WTI vai atingir a valorização máxima de 7%, pelo que haverá lugar a um período de consolidação de ofertas.
 
"O impacto imediato nos preços do crude deverá andar à volta dos 10 dólares por barril e esperamos que durante várias semanas o impacto seja de cerca de 5 dólares por barril, à medida que a situação no Médio Oriente fique mais frégil", disse Bjørnar Tonhaugen, analista da Rystad Energy.
 
Opinião diferente tem Sara Vakhshouri, analista da SVB Energy, que não espera grandes mexidas nos preços uma vez que "o mercado está com o fornecimento adequado".
 
Se o "shut down" na Saudi Aramco durar três semanas a ClearView Energy Partners estima uma valorização de 10 dólares no preço do barril de petróleo.
 
Na Morningstar a expetativa aponta para que esta segunda-feira o Brent possa disparar para 80 dólares e o WTI para 75 dólares por barril.
 
EUA apontam o dedo ao Irão 
Os Estados Unidos acusaram este domingo o regime iraniano de estar por trás do ataque contra as duas instalações da petrolífera estatal da Arábia Saudita.
 
O secretário de Estado, Mike Pompeo, acusou o Irão de ter "lançado um ataque sem precedentes contra o fornecimento energético mundial" e negou que a responsabilidade seja dos rebeldes iemenitas Huthis, que reivindicaram a ação.
 
O Irão considerou "insensatas" as acusações do secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, que responsabilizou a República Islâmica por um ataque de drones no sábado contra duas instalações petrolíferas sauditas, reivindicado pelos rebeldes iemenitas, noticia a Lusa.
 
"Tais acusações e observações estéreis e indiscriminadas são incompreensíveis e insensatas", disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Mousavi, sugerindo que as mesmas deverão justificar "ações futuras" contra o Irão. As declarações pretendem "minar a reputação de um país, para criar um quadro para no futuro lhe aplicar sanções", acrescentou.
Maior ataque desde a Guerra do Golfo 
O ataque, que atingiu a atingiu a principal refinaria da Saudi Aramco em Abqaiq e o campo petrolífero de Khurais, é o maior contra infraestruturas petrolíferas sauditas desde que Saddam Hussein disparou mísseis Scud contra o país durante a primeira Guerra do Golfo e expõe a vulnerabilidade do país que é responsável por 10% da produção mundial de petróleo.
Segundo a Bloomberg, a Saudi Aramco poderá manter o fornecimento aos clientes durante várias semanas, graças à sua rede global de armazenamento. A Arábia Saudita tem reservas em tanques no país, em Roterdão, Okinawa e Sidi Kerir, na costa mediterrânica do Egito.
 
O Departamento de Energia dos Estados Unidos também já garantiu que poderá recorrer às reservas de petróleo estratégicas caso seja necessário fazer face a uma disrupção no mercado.
 
A Saudi Aramco está a preparar a entrada na bolsa de Tadawul, em Riade, que deverá ocorrer até ao final do ano. Segundo analistas contactados pela Reuters, o ataque pode afetar a sua avaliação.
 

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