Os principais índices europeus encerraram a primeira sessão do último trimestre com ganhos – FTSE (+0,90%), DAX (+0,58%), CAC (+0,39%) –, à excepção, naturalmente, do IBEX (-1,21%), a ser pressionado pelo referendo ilegal à independência da Catalunha em que, alegadamente, o “sim” ganhou com uma margem muito expressiva. Esta vitória do “sim” fica marcada por uma taxa de abstenção de aproximadamente 58% da população da Catalunha, num domingo de elevado tumulto social. A nível europeu, os sectores tecnológico (+1,15%) e de cuidados de saúde (+0,83%) lideraram os ganhos, com a SAP (+1,50%), a Koninklijke Philips (+2,08%) e a Sanofi (+1,32%) a destacar-se no universo do Euro Stoxx 50, sem fluxo noticioso justificativo. No campo das perdas, o sector de telecomunicações (-0,80%) e de energia (-0,40%) verificaram as maiores quedas. Em termos corporativos, as empresas mais prejudicadas pertencem ao sector financeiro espanhol: BBVA (-2,37%) e Banco Santander (-1,61%). No mercado obrigacionista, a dicotomia core¬-periferia esteve bem, com os primeiros a registar uma queda das yields de dívida soberana a 10 anos, enquanto os segundos verificaram subidas consideráveis, com excepção para a dívida soberana grega (-7 p.b.). O EURUSD também sentiu a pressão do referendo, desvalorizando 0,68% e negociando já abaixo do suporte dos 1,175.
O PSI-20 (-0,19%) fechou a sessão de hoje no vermelho, com a EDP (-2,79%) a penalizar fortemente o índice nacional. A eléctrica foi penalizada pelo parecer da ERSE relativamente aos ajustamentos dos CMEC, que apontam para uma compensação abaixo daquela que a EDP e a REN haviam previamente indicado. A Pharol (+5,98%) foi a estrela da sessão, continuando a beneficiar dos desenvolvimentos positivos em torno da história da Oi no Brasil, seguida pela Altri (+2,78%) que mantém a tendência positiva de sexta-feira. As taxas de juro das obrigações soberanas a 10 anos subiram perto de 5 pontos básicos, arrastadas pelas taxas espanholas.
Research BiG