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Fecho da Europa: dia clássico de risk-on nos mercados europeus

12-09-2017 - 17:50

A ausência de uma resposta significativa por parte da Coreia do Norte, após a ONU ter aprovado a aplicação de pesadas sanções, permitiu às principais bolsas accionistas europeias dar continuidade aos ganhos da sessão de ontem, ainda que em menor escala – CAC (+0,62%), DAX (+0,40%), IBEX (+0,05%). A excepção a este sentimento positivo foi materializada pelo FTSE 100, que desvalorizou 0,17% pressionado pelo fortalecimento da libra, na sequência da divulgação de indicadores de inflação que mais uma vez revelaram uma aceleração dos preços, homóloga e sequencial, quer do lado do consumidor quer do lado do produtor. O sector financeiro (+1,22%) voltou a liderar os ganhos, com o Deutsche Bank (+3,57%) a registar a maior apreciação do Euro Stoxx 50 (+0,50%). A segunda maior apreciação também pertenceu a um sector cíclico – consumo discricionário (+1,14%) –, cristalizando o sentimento de risk-on. Em linha com este comportamento histórico dos mercados financeiros, o pólo das perdas foi dominado por sectores defensivos, com o sector de Utilities (-0,97%) e o sector de consumo de bens essenciais (-0,33%) a comandar as quedas.

O PSI-20 (+0,61%) fechou a sessão de hoje no verde, acompanhando o sentimento positivo europeu. A Mota-Engil (+5,93%) e o BCP (+4,01%) foram os destaques da sessão, com a primeira a anunciar que ganhou um contrato de EUR 320 mn na Costa do Marfim, e o segundo a subir depois de ontem ter sido anunciado que a Fosun aumentou a sua participação no banco para mais de 25% dos direitos de voto. Do lado negativo, a Jerónimo Martins (-2,22%) e a Sonae Capital (-1,16%) foram os títulos que mais caíram. As taxas de juro das obrigações soberanas subiram no dia, mas menos que as suas congéneres europeias.

Research BiG

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