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Fecho Europa: Underperformance do sector financeiro em destaque após BCE

07-09-2017 - 17:17

Os índices de referência do mercado accionista europeu encerraram a sessão maioritariamente com ganhos – FTSE 100 (+0,58%), CAC (+0,26%), IBEX (-0,06%) e DAX (+0,67%) – num dia em que o BCE manteve as taxas de referência inalteradas e em que Mario Draghi adiou mais uma vez a divulgação do plano de normalização monetária pelo BCE para Outubro. O BCE indicou que a evolução positiva do euro é uma preocupação, com o banco central a rever em baixa as estimativas de inflação para 2018 e 2019 em 10 p.b. para 1,2% e 1,9%. O Eur/Usd reagiu em alta no durante e pós reunião do BCE. Os sectores de utilities (+1,39%) e I&T (+1,36%) lideraram os ganhos, com o sector financeiro (-0,30%) sendo o único a registar quedas. Na esfera corporativa, destaque para a valorização de 1,21% da Saint-Gobain em seguimento de um upgrade para ‘equal-weight’. A Iberdrola avançou 0,88% num dia em que negou uma notícia que estaria interessada na Innogy (+1,94%).

O índice bolsista PSI 20 (-1,08%) encerrou a sessão com uma queda expressiva, principalmente num dia em que os congéneres europeus fecharam em terreno maioritariamente positivo. O BCP pesou particularmente nesta performance, ao cair 7,12%, num dia marcado por intenso fluxo noticioso sobre o maior banco privado português. Comentários de mercado referiram que o BCP poderia ser um activo de interesse na sequência do aumento de capital do espanhol Liberbank; a imprensa avançou que o Governo estuda a criação de um veículo, financiado pelo Banco de Fomento, para a solução do crédito malparado existente nos balanços do BCP, CGD e Novo Banco; e uma coluna de opinião clarificou que a garantia do Fundo de Resolução à Lone Star no âmbito da venda do Novo Banco, expõe o BCP a uma perda potencial de EUR 800 mn, o que representa mais de metade do recente aumento de capital da instituição liderada por Nuno Amado. A Pharol (-3,22%) e a Altri (-1,59%) seguiram-se ao BCP no conjunto das desvalorizações mais significativas. A escapar ao forte sentimento negativo, a Mota Engil (+0,53%), a Jerónimo Martins (+0,51%) e a Ibersol (+0,42%) comandaram os ganhos.

Research BiG

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