Os principais índices accionistas Europeus finalizaram a sessão com perdas em torno de um ponto percentual – DAX (-1,20%), CAC (-0,97%) e IBEX (-1,13%) – exacerbando o sentimento negativo dos investidores na sequência do efeito de apreciação do Euro em relação ao dólar norte-americano (fixou na sessão máximos de 2 anos acima dos 1,158), depois de ser noticiado que o novo plano de healthcare prometido por Trump não terá o apoio necessário no Congresso. Na esfera sectorial, destaque lógico para a underperformance de alguns dos principais players exportadores, casos da Airbus, Basf e Michelin que recuaram 1,60%, 2,19% e 2,36% respectivamente. Numa sessão em que as yields de dívida pública, na generalidade, retrocederam de forma similar tanto no core como na periferia (sobretudo nos prazos mais longos), destacamos ainda a reacção negativa evidenciada pelos sectores de healthcare e financeiro, traduzindo essencialmente um retracement de perfil técnico.
O índice de referência do mercado accionista nacional encerrou a sessão com ganhos de 0,30%, um desempenho em contraciclo com o sentimento negativo que impera no mercado europeu. A evolução ocorre num dia em que o Comissário Europeu para os Assuntos Económicos, Pierre Moscovici, indicou que a Comissão está mais optimista sobre as previsões de crescimento do país, esperando uma taxa superior a 2,5%, segundo a imprensa nacional. Na esfera corporativa e num dia parco em notícias, destaque para os ganhos do BCP (+2,66%) e Mota-Engil (+1,97%), que lideraram os ganhos. Por outro lado, e a impedir maiores ganhos, a Sonae (-1,97%), Altri (-1,53%) e The Navigator Company (-1,24%) apresentam as quedas de maior destaque, com as duas últimas a serem pressionadas pela apreciação do euro.
Research BiG