Os principais índices accionistas Europeus registaram a correcção intradiária mais significativa desde Setembro último, após um relatório ter denunciado que o Presidente Trump terá obstruído a justiça no que respeita uma investigação do FBI conduzida ao seu anterior conselheiro de segurança nacional – Michael Flynn. Surgiram igualmente comentários de políticos do partido democrata (Al Green) que irá propor a discussão em torno de um eventual impeachment sobre Donald Trump – cenário que apresenta ainda uma probabilidade bastante inverosímil. Não obstante, o retrocesso do efeito “Trumpflation” acarretou perdas relevantes para o mercado accionista e conduziu, inversamente, a um rally significativo da dívida Soberana – tanto nos EUA, como na Europa (Core e Periferia). O cross Eur-Usd acentuou a tendência de apreciação recente, ao passo que na esfera sectorial, os principais Bancos Europeus estiveram sob relativa pressão mediante o flattening da curva alemã, acumulando perdas, na generalidade, superiores a 2 pontos percentuais. Nota final para a EDF que desvalorizou mais de 6%, depois de Macron ter nomeado como ministro ecológico um proeminente activista ambiental (Nicolas Hulot), suportando a expectativa de uma regulação mais endurecida para, entre outras, a actividade nuclear.
O mercado accionista de referência nacional encerrou a sessão com perdas de 1,50%, evoluindo em linha com a tendência negativa dos congéneres europeus. A Pharol (-3,40%), Corticeira Amorim (-3,18%) e Caixa Económica Montepio Geral (-2,63%) lideram a queda intra diária. A Galp Energia recuou 1,51% após ser alvo de um downgrade para ‘hold’ com a revisão em baixa do preço-alvo em EUR 1/acção para EUR 15 por acção. O BCP registou perdas de 1,22% não obstante ser avançado que os fundos de investimento nacionais aumentaram as suas participações no BCP em mais de 400% durante o mês de Fevereiro. Em contraciclo com o sentimento negativo, destaque para os ganhos dos CTT (+1,78%) e Ibersol (+0,70%).
Research BiG