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Cadeia brasileira de restauração entra em Portugal com "toque" (e capital) do ex-futebolista Deco
16/05/2024 09:12

A Boali, descrita como a maior marca de "franchising" de alimentação saudável brasileira, prepara-se para chegar a Portugal, prevendo investir 3 milhões de euros na abertura de 20 restaurantes nos próximos dois anos. Deco, ex-jogador e atual diretor desportivo do Barcelona, alinhou no negócio, participando no capital na operação portuguesa.

Estava na "área" há dois anos foi o "toque" do "mágico" - como Deco era conhecido nos relvados - que permitiria concretizar o "golo". Como conta ao Negócios, o CEO da Boali, Rodrigo Barros, "a ideia de internacionalizar para o mercado europeu surgiu no início de 2022" e, considerando que "Portugal seria uma boa porta de entrada", a empresa aderiu, ainda no mesmo ano, à Associação Portuguesa de Franchising. No entanto, "Portugal realmente se torna algo efetivo a partir do momento em que existe a conexão com o Deco".

A estratégia definida para Portugal passa por "ter, nos próximos dois anos, até 20 aberturas, gerando cerca de 150 empregos diretos, com um investimento em torno dos 3 milhões de euros", adianta Rodrigo Barros que, além de CEO, é um dos três sócios fundadores da Boali.

A primeira abertura está pensada para outubro
, faltando fechar a localização geográfica. "Certamente abriremos em Lisboa ou Porto", diz o mesmo responsável, sem descartar a possibilidade de fazerem a "dobradinha" e dando conta que também  estão em curso atualmente negociações no Algarve.

O antigo internacional luso-brasileiro vai ser, a par com os sócios da Boali, master franqueado em Portugal, "o que dá abertura tanto para abrir lojas próprias como operações com franqueados".

Deco (aliás, Anderson Luís de Souza) não abre o jogo sobre o investimento que irá destinar ao projeto empresarial que marca, de resto, a sua estreia no ramo alimentar. "Vai ser conforme as aberturas", afirmou, na entrevista conjunta com o CEO da Boali ao Negócios, em Lisboa. A tempo inteiro, desde o ano passado, é diretor desportivo do Barcelona, mas tem, entre outros, negócios na área de eventos e construção.

Fruto do acaso

Foi, de resto, por via de outros negócios que se cruzou com Rodrigo Barros. "Um dos projetos que tenho no Brasil dedicado a desportos de areia [o Arena DecoBeach, em São Paulo] tem um restaurante que envolve as quadras. A nossa procura foi sempre a de encontrar um com o perfil da Boali, porque queríamos uma operação que encaixasse com o propósito da arena, relacionado com a saúde. E, por coincidência, o meu filho Pedro tinha-me dito que gostava muito da Boali. Eu não conhecia e, por curiosidade, fui pesquisar. Seguiu-se outra coincidência, porque o meu filho trabalha numa empresa de eventos, a Noblu, da qual também somos sócios, e acabaram por me apresentar o Rodrigo", explica Deco.

"A perspetiva inicial foi sempre a de ter a Boali no nosso espaço, mas nessa conversa o Rodrigo conta um pouco da sua história, dos planos que tinha, pelo que o que era para uma coisa menor, mais específica, acabou por resultar na ideia de nos associarmos para trazer a Boali para Portugal. Ele ia avançar de qualquer jeito, mas no fundo acho que precisava desse empurrão", sublinha Deco.

Esse "empurrão" era, na prática, um "parceiro", recorda Rodrigo Barros: "Ele perguntou-me o que faltava para entrarmos em Portugal. Eu disse que faltava um parceiro e ele falou 'então serei eu - acho que os portugueses merecem Boali lá'".

Em 2024 o foco vai ser Portugal - a expansão para a Europa, potencialmente para Espanha, está apontada para o próximo ano -, com a Boali a deixar claro que "não quer ser uma opção eventual": "O nosso propósito de universalizar o acesso à alimentação saudável, transformar hábitos e fazer o bem é algo que vem muito forte para cá. Geralmente, uma das barreiras é que não é barato, mas a gente vem, de facto, com um preço bastante acessível".

"Estamos a falar de um 'ticket' em torno de 10 a 12 euros, justamente porque queremos fazer parte do dia-a-dia dos portugueses", enfatiza o "número 1" da Boali, indicando que a empresa tem "uma recorrência semanal na ordem dos 52% e uma mensal acima de 80%", o que "é muito relevante na restauração" e "significa que conseguimos viabilizar uma operação com relativamente poucos clientes, porque eles repetem".

A Boali - que vai beber o nome às palavras "boa" e "alimentação" - foi fundada em 2015, em São Paulo, por um quarteto de jovens que arranca a partir das operações no país que antes eram da americana Salad Creations, uma marca que tinham levado para o Brasil em regime de franchise em 2006.

Atualmente, segundo Rodrigo Barros, conta com 79 restaurantes no Brasil e um recém-inaugurado nos Estados Unidos (Flórida), emprega mais de 500 colaboradores e fatura anualmente acima de 100 milhões de reais (17,8 milhões de euros ao câmbio atual).

Os centros comerciais são um importante palco para a Boali no Brasil e a ideia é que em Portugal também sejam a "casa" de uma parte importante do universo de restaurantes que pretendem abrir, estando, aliás, a decorrer contactos a esse nível. "Imaginamos que, no nosso portefólio, entre 50 a 60% dos restaurantes sejam dentro de 'shoppings".

"Uma coisa interessante dentro do modelo de negócio é que também temos Boali fora de praça de alimentação dos 'shoppings' porque não precisamos de sistemas de exaustão nem de cozinha, ou seja, conseguimos estar em zonas sem estrutura para restauração com quiosques, por exemplo, o que é bastante positivo e acaba a agregar muito valor para os centros comerciais", realçou.

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